Fios de cabelo caindo em excesso podem ser um sinal preocupante, afinal, existem diversos fatores que causam a perda capilar.
Há doenças que causam queda de cabelo, logo, é necessário atentar-se aos sintomas apresentados para entender o que o corpo está tentando dizer.
Para saber mais, saber quando é necessário se preocupar e compreender quando é normal a perda de alguns fios, continue a leitura, pois preparamos um conteúdo exclusivo para te ajudar.
Quais são as doenças que contribuem para a queda de cabelo?
Os motivos por trás da queda de cabelo podem ser abrangentes, já que existem diversos fatores que englobam a perda dos fios, como: genética, hábitos, estado emocional, doenças, entre outros.
E essas doenças podem ser desenvolvidas tanto por homens quanto mulheres, não há distinção de gêneros, manifestando-se a qualquer momento e em qualquer idade. A seguir, confira alguns problemas que originam a queda de cabelo:
Alopecia areata
A alopecia areata é uma doença autoimune que surge quando o sistema imunológico “combate” o próprio organismo, fazendo com que as células ao redor do folículo capilar o ataquem, resultando na redução da produção de novos fios.
Essa perda de cabelo deixa a área do couro cabeludo arredondada ou oval. A doença também afeta outros lugares do corpo, como: barba, sobrancelhas, etc.
Problemas na tireoide
Problemas de tireoide, como o hipertireoidismo, podem influenciar a queda capilar, porque a tireoide é responsável por fabricar hormônios — tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) — que auxiliam o processo de crescimento e renovação dos fios.
Assim, um desequilíbrio nesses hormônios atinge o processo de formação de novos fios no couro cabeludo, desencadeando o quadro de eflúvio telógeno, que pode provocar a queda de aproximadamente 500 fios por dia.
Falta de nutrientes
As deficiências nutricionais também favorecem a queda de cabelo. Isso porque a formação e a produção dos fios têm uma diversidade de macronutrientes (proteínas, carboidratos, vitaminas e minerais) que auxiliam em sua renovação, manutenção e fortalecimento.
Sem esses nutrientes (vitaminas A, do complexo B, C, D, E, zinco, cobre, ferro, etc.) os cabelos perdem força, vitalidade e resistência, contribuindo para a queda.
Anemia
A anemia é uma doença que causa deficiência de ferro no organismo, impactando diretamente na força do cabelo.
Isso acontece devido ao ferro ser responsável pelo transporte do oxigênio ao couro cabeludo, ajudando a manter os fios fortes e fixos na cabeça. Quando existe a deficiência do ferro, os fios enfraquecem e se desprendem do couro cabeludo.
Doenças na pele da cabeça
A dermatite seborreica é uma inflamação da pele que pode acometer o couro cabeludo, causando descamação, vermelhidão, coceiras e lesões e, por consequência, levar à queda de cabelo.
Micoses
As micoses (fungos), em contato com a pele, podem ocasionar a queda de cabelo, por provocar descamação da pele e deixar os fios mais oleosos, favorecendo o desenvolvimento da calvície.
Doenças que brigam com o corpo
A doença celíaca é considerada sistêmica e autoimune, causando uma inflamação no intestino pelo consumo de glúten. Mas ela é desenvolvida somente em pessoas geneticamente predispostas.
Essa inflamação compromete a absorção de vitaminas, minerais e proteínas fundamentais à saúde dos cabelos.
Mudanças nos hormônios
Qualquer alteração hormonal, como o excesso de testosterona, pode desencadear a queda capilar.
Estresse
O estresse é uma condição que pode atingir as terminações nervosas da pele e as células do sistema imune, resultando em uma inflamação neurogênica, afetando o entorno das raízes dos cabelos e causando a queda dos fios.
Tratamentos médicos fortes
Alguns medicamentos para tratamentos específicos promovem quadros de queda capilar, como: anticoncepcionais, antidepressivos, anabolizantes, quimioterapias, entre outros. Geralmente são quadros temporários e, depois de um tempo, o cabelo renasce.
Infecções
As infecções (Covid-19, hepatite, pneumonia e HIV) ocasionam uma fragilidade no organismo, atingindo o couro cabeludo, enfraquecendo os fios e, em consequência, perdendo-os.
Doenças autoimunes
As doenças autoimunes afetam a saúde dos cabelos. O lúpus, por exemplo, pode produzir e depositar anticorpos em partes diferentes do corpo, gerando múltiplos problemas de saúde, como a queda capilar.
Problemas no sistema imunológico
A queda de imunidade pode abrir portas para infecções, inflamações e doenças autoimunes que, automaticamente, afetam o crescimento e o desenvolvimento de novos fios no couro cabeludo.
Doenças genéticas
A alopecia androgenética pode ser de origem genética ou crônica, causando uma rarefação capilar progressiva que, normalmente, atinge a parte superior do couro cabeludo, deixando-o mais aberto.
Cirurgias ou lesões graves
A queda capilar pode ter origem de lesões graves, por escalpelamento ou lacerações, no couro cabeludo e, também, por cicatrizes derivadas de cirurgias que impedem o crescimento de novos fios no local da cicatriz.
Qual é a diferença entre queda de cabelo normal e queda de cabelo excessiva?
A diferença reside na quantidade de fios que caem diariamente. De acordo com especialistas, o normal é caírem cerca de 100 fios por dia.
Caso a pessoa note um excesso de fios ao lavar os cabelos, no pente, no chão e nas roupas, o ideal é procurar um profissional de saúde para averiguar o que está acontecendo.
A queda de cabelo é reversível?
Sim! Em alguns casos, como os de infecções e medicamentos, a queda de cabelo tem reversão, desde que se faça o tratamento adequado e com acompanhamento profissional.
Como posso prevenir a queda de cabelo?
Para prevenir a queda capilar, é necessário ter os exames sempre em dia e manter alguns cuidados com couro cabeludo tanto por dentro quanto por fora.
Investir em linhas de tratamentos adequadas ao seu tipo de cabelo, manter a boa higienização e hidratação dos fios, evitar o uso de água muito quente e optar por produtos com proteção solar ajudam a melhorar a aparência dos cabelos, dando mais vida e brilho.
Agora, para ajudar internamente, aposte em dietas ricas em vitaminas, minerais e proteínas, inclusive em suplementos capilares, para turbinar a saúde dos fios, dando mais força, resistência e contribuindo para o crescimento mais rápido.
Há alguma mudança no estilo de vida que ajude a melhorar a saúde do cabelo?
Sim! Ter hábitos mais saudáveis, como parar de fumar, relaxar mais e se exercitar, traz vantagens aos cabelos.
Praticar exercícios físicos, além de liberar hormônios que promovem o relaxamento e o bem-estar, ajuda a melhorar a função respiratória, impulsionando o aumento da oxigenação dos tecidos de todo o corpo.
Isso beneficia o couro cabeludo, com o metabolismo melhorado e proporciona uma redução da queda dos fios até em pessoas com tendência genética para quadros de queda capilar.
Qual o tratamento eficaz para a queda de cabelo?
Para ter um tratamento realmente eficaz, é necessário buscar ajuda de um profissional. Somente ele poderá identificar o que é bom para queda de cabelo após realizar alguns exames clínicos, como: o micológico, a biópsia e o teste de contato.
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